O ginasta Diego Hypolito, por exemplo, chegou a usar aplique para cobrir a calvície durante competições – e, em 2017, apostou no transplante capilar
Em 2017, após fazer história nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Diego Hypolito passou por um procedimento estético que transformou a autoimagem do atleta. Com calvície acentuada já antes dos 30 anos de idade, ele fez um transplante capilar – e, abaixo, você entenderá detalhes de como o procedimento funciona.
Diego Hypolito fez transplante capilar
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Oito anos atrás, pouco depois de uma superação na carreira durante as Olimpíadas do Rio, o ginasta Diego Hypolito fez um transplante capilar. Em outras competições, ele já havia aparecido com uma calvície acentuada, e em 2016 ele inclusive usou um tipo de aplique conhecido como lace para disfarçar as entradas.
Em 2017, ele decidiu então realizar o procedimento, cujo resultado é visível até hoje. Pouco a pouco, as falhas no couro cabeludo do ginasta foram preenchidas e, hoje, ele é bastante atencioso com os fios que “ganhou” da própria cabeça pelas mãos do médico Samir Santos, cirurgião especialista em estética avançada da clínica Miami Hair Brasil.
Diego, que lutou contra diversos obstáculos ao longo da carreira e da vida como pessoa pública, viveu uma transformação relacionada a autoestima. Ao “Gshow”, o irmão do ginasta, Edson Hypolito, comentou o assunto, vibrando pelas mudanças que Diego manifestou ao longo dos anos após o transplante.
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“A grande mudança foi que ele ficou muito mais feliz sabendo que o visual dele iria durar bastante. Sempre se incomodou com a queda de cabelo, então essa foi a principal diferença. A autoestima dele realmente aumentou bastante depois disso”, declarou o familiar dele e de Daniele Hypolito, também ginasta.
Transplante capilar: o que é, como é feito e mais
O transplante capilar é um tipo de cirurgia feita para restaurar fios de cabelo em trechos do couro cabeludo que sofre com queda expressiva. Isso pode acontecer devido à alopecia androgenética (calvície) ou até pela ocorrência de cicatrizes causadas por trauma físico, por exemplo.
Nesse procedimento, o especialista responsável retira folículos de uma área saudável do couro cabeludo – geralmente na parte de trás da cabeça. Esses folículos são, então, transplantados para os locais em que há rarefação dos fios. Pouco depois, esses fios caem – e novos nascem no lugar onde antes não havia nenhum.
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Entre 12 a 18 meses após a realização do procedimento, o paciente começa a ver os resultados que serão definitivos. Diego, por exemplo, cuida dos cabelos normalmente, penteando, utilizando produtos variados e ostentando o topete mesmo oito anos após fazer a cirurgia.
O transplante capilar é feito sob anestesia local e o paciente não sente dor. Nos dias que sucedem o procedimento, pode haver inchaço, incômodo e ardor, mas o desconforto é, em geral, devidamente manejado com uso de medicamentos e respeito às orientações médicas sobre repouso ou compressas.
Quem pode fazer transplante capilar?
De acordo com o médico de Diego, o cirurgião Samir Santos, não existe uma idade certa para se fazer transplante capilar. Ele explica que pessoas muito jovens, entre 20 e 23 anos, que apresentam rarefação, têm mais indicação de tratamento medicamentoso do que de transplante. Isso porque há grandes chances de se realizar o procedimento e, mais adiante, quando a queda geralmente é mais acentuada, o paciente voltar a sofrer com o problema.
Quando a calvície impacta grandemente a autoestima do paciente, é bastante pronunciada e não responde a tratamentos medicamentosos, o transplante pode, segundo o médico, ser feito independentemente da idade. Em casos do procedimento feito para cobrir cicatrizes no couro cabeludo, por exemplo, é possível realizar o transplante até mesmo em crianças.
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Qual a diferença entre FUE e FUT no transplante capilar?
Há duas técnicas de transplante capilar, FUE (folicular unit extraction, ou extração de unidade folicular) e FUT (folicular unit transplantation, o transplante de unidade folicular). No primeiro caso, os fios são extraídos de forma individual da área doadora e transplantados para a área afetada pela calvície ou cicatriz também um a um.
Já a segunda inclui a retirada de uma faixa do couro cabeludo repleta de fios de uma área doadora. Isso é feito, em geral, na parte de trás da cabeça, algo que Diego Hypolito afirmou ter realizado. Essa faixa de pele é, então, dividida de uma maneira microscópica que separa cada folículo em sua completude. Cada um deles é, então, implantado no local desejado.
Pós-operatório: cuidados, riscos e mais
Nos primeiros dias após o transplante capilar, é necessário tomar alguns cuidados. Indica-se, por exemplo, evitar traumas no couro cabeludo (como o simples uso de um boné, por exemplo), exposição ao sol, lavagem convencional dos cabelos e atividades físicas extenuantes.
É importante, além disso, utilizar os medicamentos indicados, limpar o couro cabeludo da forma sugerida pelo especialista responsável. Na hora de dormir, algumas posições podem ser contraindicadas – e o paciente também pode se beneficiar de compressas.
No pós-operatório, é possível que haja inchaço e certo desconforto. Caso haja muita dor, vermelhidão e inchaço exagerado, no entanto, indica-se buscar um especialista para avaliar a situação.