Solidão é marcador de risco para 20 doenças, aponta estudo: entenda como ela afeta a saúde

por | out 8, 2024 | Bem-estar

Um estudo observacional observou uma relação indireta da solidão com uma série de condições de saúde como obesidade, diabetes tipo 2, entre outras

Recentemente, um estudo publicado no periódico Nature voltou a avaliar os efeitos da solidão na saúde humana. Desde 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que existe uma “epidemia de solidão” – e, segundo o estudo mais recente, ela está indiretamente relacionada a 20 condições de saúde.

Solidão é fator de risco para dezenas de doenças

(Crédito: Freepik)

O estudo em questão, elaborado pela Universidade Médica de Ghangzhou, na China, avaliou dados de uma base biomédica britânica coletados durante um período de mais de 12 anos. Entre 26 doenças – divididas entre respiratórias, infecciosas, cardiovasculares, endócrinas, mentais e mais –, 20 apresentaram determinado nível de relação com uma vida solitária.

Essa relação não foi de causa e efeito – ou seja, não é direta. Ainda assim, a solidão representa um fator de risco para o aumento das chances de se desenvolver certas doenças. Isso inclui, por exemplo, diabetes tipo 2, doenças renais, neurológicas, obesidade, entre outras.

Por que a solidão aumenta riscos de problemas de saúde?

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(Crédito: Freepik)

As suspeitas são de que a solidão é capaz de intensificar reações biológicas que decorrem de questões comportamentais. Quando solitária, uma pessoa pode, por exemplo, lidar com níveis elevados de estresse e ter menos motivação para realizar tarefas diárias ou engajar na prática de exercícios físicos, por exemplo. Tudo isso contribui para um organismo mais vulnerável.

Uma vida solitária também está ligada a hábitos como o tabagismo, por exemplo, que tem ligação direta com diversas doenças. Além disso, a solidão pode estar ligada a outros fatores – como socioeconômicos e relacionados à saúde mental – que intensificam os riscos de certas doenças.

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