Meditação tem benefícios que vão além do emocional: prática mexe até com o intestino

por | fev 2, 2023 | Bem-estar

Meditar faz bem para a saúde mental e estes benefícios já são bastante conhecidos. O que muitos não sabem, no entanto, é que, além da meditação para acalmar, é possível também aderir à prática para beneficiar a saúde em si – inclusive a intestinal.

Saiba como a meditação faz bem para a microbiota intestinal e tem até o potencial de prevenir doenças.

Benefícios da meditação para o intestino

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De acordo com um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade Shanghai Jiao Tong, na China, os benefícios da meditação vão muito além do relaxamento, do combate ao estresse e do alívio da ansiedade. Conforme descobriram os pesquisadores, a prática pode até alterar a microbiota intestinal – e, consequentemente, diminuir os riscos de doenças.

Para o levantamento, os pesquisadores analisaram amostras de fezes e de sangue de 37 monges budistas tibetanos de três templos e 19 residentes seculares nas áreas vizinhas.

Meditação
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Ambos os grupos foram pareados por idade, pressão arterial, frequência cardíaca e dieta, e nenhum dos participantes havia feito uso, nos últimos três meses, de medicamentos como antibióticos, por exemplo, que podem alterar o volume e a diversidade dos micróbios intestinais.

De acordo com a pesquisa, publicada na revista General Psychiatry, os micróbios intestinais encontrados no grupo de monges eram substancialmente diferentes dos de seus vizinhos e foram associados a um menor risco de doenças cardiovasculares, ansiedade e depressão. Os monges que participaram do estudo meditavam por pelo menos 2 horas por dia, entre 3 e 30 anos.

“Os resultados sugerem que a meditação profunda de longo prazo pode ter um efeito benéfico na microbiota intestinal, permitindo que o corpo mantenha um ótimo estado de saúde”, escreveram os pesquisadores em um comunicado à imprensa.

Meditação e relaxamento da mente
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Os cientistas apontam que a microbiota intestinal pode afetar o humor e o comportamento por meio do eixo intestino-cérebro. Isso inclui a resposta imune do corpo, a sinalização hormonal, a resposta ao estresse e o nervo vago, que é o principal componente do sistema nervoso parassimpático, responsável por supervisionar uma série de funções corporais cruciais.

É preciso frisar, no entanto, que o trabalho científico é pequeno e observacional e, portanto, limitado para fornecer conclusões definitivas. Ainda assim, o estudo aponta descobertas relativamente sólidas, justificando assim a realização de mais pesquisas sobre a relação.

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