Cuidar da saúde física, comer bem e praticar exercícios físicos regularmente são três passos importantes para aumentar as chances de longevidade, mas, segundo um estudo recente, há ainda mais um fator que contribui bastante: a forma como se encara a vida. De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade de Harvard, no Estados Unidos, há um grupo de pessoas que é mais propenso a viver mais tempo – e, nele, estão as pessoas que pensam positivo.
Pessoas otimistas vivem mais, aponta estudo
De acordo com o trabalho científico, publicado em 8 de junho no periódico científico ” Journal of the American Geriatrics Society“, níveis mais altos de otimismo foram associados a uma vida mais longa em mulheres de todos os grupos raciais e étnicos analisados pela pesquisa.
Embora estudos anteriores já tenham feito esta ligação, sugerindo que o otimismo pode estar relacionado a uma expectativa de vida de 85 anos, as populações analisadas eram brancas e, portanto, suas conclusões não poderiam ser tão generalizadas. Com base nisso, Hayami Koga, principal autora do novo levantamento, e seus colegas decidiram diversificar os participantes, incluindo uma diversidade maior de pessoas.
Para o estudo atual, foram analisados dados e respostas de mais de 159 mil participantes do programa “Women’s Health Initiative”, abrangendo mulheres no período pós-menopausa nos EUA. Entre as voluntárias, as 25% mais otimistas provavelmente teriam uma expectativa de vida 5,4% maior e uma probabilidade 10% maior de viver além dos 90 anos do que as 25% menos otimistas.
Além disso, os pesquisadores não encontraram interação entre o otimismo e quaisquer categorias de raça e etnia, e as tendências expostas se mantiveram verdadeiras depois de levar em consideração dados demográficos, condições crônicas e depressão. Fatores de estilo de vida, como exercícios regulares e alimentação saudável, porém, foram responsáveis por menos de um quarto da associação entre otimismo e expectativa de vida, indicando que outros fatores podem estar em jogo.