Cientistas criam colchão que “engana” o corpo e ajuda a dormir mais rapidamente

por | jul 27, 2022 | Bem-estar

Dificuldade para dormir é algo que afeta muita gente e, recentemente, cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, criaram um mecanismo que pode ajudar. Baseando-se na relação entre a temperatura do corpo e os mecanismos do sono no corpo, eles criaram um colchão inteligente – e ele ajuda a dormir “enganando” o organismo.

“Colchão para insônia”: item diz ao corpo quando é hora de dormir

Criado por bioengenheiros, o colchão em questão conta com um sistema interno de aquecimento e resfriamento, tudo para “comunicar” o corpo que é hora de dormir. Isso se baseia no fato de que a temperatura corporal influencia no quão acordado ou sonolento o corpo se sente e, à noite, o declínio da temperatura do corpo está relacionado ao ato de pegar no sono.

De acordo com os cientistas, o colchão foi projetado para resfriar as áreas centrais do corpo ao mesmo tempo em que aquece regiões como pescoço, mãos e pés, ajudando a dissipar calor. Desta forma, ele estimula o organismo a desencadear naturalmente a sensação de sonolência – e um estudo inicial realizado por eles para medir os benefícios do colchão inteligente já demonstram o potencial do item.

Colchão com sistema de aquecimento e resfriamento
Divulgação/Universidade do Texas

Neste estudo, que foi realizado com 11 pessoas, participantes adormeceram 58% mais rápido com o uso do colchão em comparação a noites nas quais o sistema não foi utilizado. Além disso, a redução da temperatura na medida certa não apenas diminuiu a quantidade de tempo necessária para adormecer, mas também melhorou a qualidade do sono.

Em um comunicado publicado pela universidade, os pesquisadores afirmam que este mesmo efeito também permite que a pressão arterial caia levemente durante a noite, com o benefício de permitir que o sistema cardiovascular se recupere do estresse de manter o fluxo sanguíneo durante as atividades diárias, o que é muito importante para a saúde a longo prazo.

Com a patente da tecnologia do colchão, os cientistas agora buscam parcerias com empresas para viabilizar a comercialização do produto.

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