Adriana Esteves relata que não tem redes sociais por motivos de saúde mental: prejuízo é real?

por | set 2, 2024 | Bem-estar

A atriz Adriana Esteves e o marido, Vladimir Brichta, não têm Instagram ou outros perfis na web – e, segundo especialistas, estabelecer limites como esse pode ser benéfico para quadros de ansiedade e depressão

Quem acompanha Adriana Esteves e o marido, Vladimir Brichta, sabe que os dois são discretos. Nenhum deles tem perfis em redes sociais – e, segundo a própria atriz, ela faz isso para proteger a própria saúde mental.

Isso, segundo especialistas e estudos, vai de acordo com o que já se sabe sobre cuidados com a saúde mental em relação a redes sociais. Atualmente, já se sabe que o uso desenfreado das redes tem potencial para impactar negativamente a autoestima, o desempenho social e até mesmo o sono.

Entenda abaixo sobre os possíveis malefícios das redes sociais, que afetam especialmente crianças e adolescentes.

Adriana Esteves não usa redes sociais por motivos de saúde mental

Adriana Esteves
(Crédito: Globo/Lucas Teixeira)

Durante a festa de lançamento de “Mania de Você”, novela da Rede Globo, Adriana Esteves foi novamente questionada sobre sua ausência das redes sociais. A atriz, assim como o marido, se mantém longe do Twitter, do Instagram e outras redes – e, na ocasião, voltou a se justificar.

Além da discrição da família, a atriz afirmou ainda que tem razões de saúde mental para se blindar das redes. “Não quero. Acho que me geraria muita ansiedade, e eu não posso ter mais ansiedade do que já tenho. Preciso focar no meu trabalho, nos meus amores, focar nas minhas atenções. Isso seria um gatilho para eu sair desse foco que preciso ter”, declarou ela, conforme reportado por veículos que estavam presentes.

Razão para Adriana Esteves não usar redes sociais tem comprovação científica

(Crédito: Globo/Manoella Mello)

Não é raro encontrar pessoas que sintam a repentina necessidade e se afastar das redes sociais para silenciar a mente. Além disso, algumas pessoas – como Adriana Esteves – dão um passo além e ficam permanentemente sem elas. Mas, afinal, o que dizem os especialistas sobre a relação entre redes sociais e a saúde mental?

Ainda que não existe no manual diagnóstico padrão uma definição para o “vício” em celular, a psiquiatra Maria Francisca Mauro, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), afirma que, nos consultórios, já se observa isso. Segundo ela, a situação é classificada como uso problemático do celular, e ela pode trazer grandes prejuízos.

Conforme explica a profissional, o uso exagerado do celular e das redes sociais pode trazer sintomas como ansiedade ou desconforto quando não se está checando as notificações. Além disso, de acordo com a psicóloga clínica Ellen Moraes Senra, o “vício” em redes sociais também tem consequências no campo social.

É possível, por exemplo, que isso desperte:

  • Tendência de se comparar demais a padrões inalcançáveis;
  • Problemas de autoestima;
  • Costume com o imediatismo;
  • Necessidade de estar online o tempo todo para não “perder” nada.

Um estudo também já indicou que, ao passar apenas uma semana sem utilizar redes sociais, pessoas relatam melhora em sintomas de ansiedade e depressão. Já outro estudo elencou os efeitos nocivos das redes na saúde mental, e apontou que o Instagram tende a ser a rede mais problemática, especialmente para jovens.

Como evitar os malefícios das redes sociais

Uso do celular (Crédito: Oladimeji Ajegbile/Pexels)

Segundo a psicóloga Ellen Moraes Senra, não é necessariamente preciso abandonar as redes em prol da saúde mental. Em alguns casos, isso pode ser indicado, especialmente se houver o impulso da pessoa em fazer isso. Já em outras situações, a busca pelo equilíbrio pode bastar.

Nesse cenário, é importante:

  • Buscar ou retomar hobbies;
  • Estabelecer limites pessoais para o uso das redes (tempo de permanência nas plataformas, uso limitado a determinados períodos do dia, etc);
  • Priorizar atividades relevantes;
  • Viver o presente, sem se preocupar em compartilhar todos os momentos nas redes sociais enquanto eles acontecem;
  • Desativar notificações de aplicativos não essenciais.

Saúde mental