Síndrome do Pânico > A origem do Pânico

A palavra “pânico” vem do grego “panikon”, que significa “susto” ou “pavor repetitivo”. Na mitologia grega, o deus Pã, que possuía chifres e pés de bode, era o senhor dos sustos e provocava horror nos pastores e camponeses que o viam. Existem muitas versões sobre seu nascimento. Seria filho de Zeus com a ninfa Calisto, de Hermes e Penélope ou ainda de Hermes com a ninfa Driopéia. Na última versão, a mais popular, por sua feiúra foi rejeitado pela mãe e embora fosse mortal, foi levado por seu pai para ser criado no Olimpo. Lá desenvolveu suas habilidades de músico e dançarino.

Era uma criatura bizarra, pois era homem coberto de pêlos negros da cintura para cima, porém com cabeça, pernas e pés de bode. Era o terror das ninfas e dos rapazes, os quais vivia assediando indiscriminadamente. Numa dessas investidas, apaixonou-se por Siringe, que havia dedicado sua castidade à Ártemis. Numa ocasião, quando se encontrava às margens do rio Ladão, cansada de fugir à perseguição do deus, suplicou ao rio que a salvasse. Foi transformada em caniços. Ao se aproximar e tomar os caniços, Pã inventou a famosa flauta de sete tubos, batizada com o nome da ninfa.

Com a ninfa Eco teve um filho chamado Linx. Rejeitado pela ninfa, quando esta se apaixonou por Narciso, fez com que os pastores fossem tomados de ira e a despedaçassem. Dentre seus amores, estavam ainda a ninfa Pítis e a deusa Ártemisa. O culto de Pã originou-se na Arcádia, região montanhosa, mas expandiu-se por toda a Grécia. Deus agreste, considerado divindade que oferecia proteção aos pastores e rebanhos era venerado como força fecundante da natureza.