Agregar esporte e diversão é uma prática cada vez mais freqüente. Nessa onda, veio o sucesso dos esportes de aventura. Entre eles está o rafting, espécie de canoagem radical cada vez mais popular no Brasil, que tem grande variedade de recursos naturais aproveitados na prática de esportes, com destaque para os rios. Para quem gosta de manter a adrenalina sempre ativa e não suporta a rotina essa é a melhor pedida. O rafting consiste em descer rios e corredeiras a bordo de um bote com pelo menos mais quatro pessoas.Concentração e integração garantem que o bote vença as corredeiras e, principalmente, não vire. O trabalho em equipe é fundamental.
Na hora de descer um rio, é preciso um instrutor, saber alguns comandos e remar junto com seus companheiros de bote. O sucesso fica a cargo do conhecimento que o instrutor tem de uma linha segura (caminho seguido pelo bote na corredeira) e da sincronia do grupo. Os comandos de remada são: frente, ré, direita ré/esquerda frente, esquerda ré/direita frente e parou. E os de posicionamento: segura, piso, peso à esquerda, peso à direita, peso à frente e peso atrás. Nada muito complexo. A dificuldade de um rio é medida pela classe das corredeiras. Cada trecho de um rio pode apresentar uma classe. Ao todo, existem 6 classes, sendo a I a mais fácil e a VI a mais difícil.
Para quem quer praticar o esporte com freqüência, há federação e campeonatos oficiais de rafting. São quatro tipos de provas: Tiro de Velocidade, que é uma prova contra o relógio com percurso de 500m em águas tranqüilas, válida para determinar a ordem de largada no sprint; o Slalom,que é outra prova contra o relógio, na qual durante o percurso, de 300 a 600m, existem portas (balizas suspensas sobre o rio) pelas quais os competidores devem passar, no sentido indicado; Raft Sprint, onde dois botes competem em 800m de corredeiras; e Raft Descida, que é a disputa entre 4 botes em 4 baterias no percurso completo do campeonato.
É essencial lembrar que o uso de equipamentos especiais é indispensável. Também é importante checar a segurança da empresa responsável e saber se o local escolhido é adequado. Uma boa dica é ir até a cidade de Brotas, em São Paulo. A cidade vem se destacando como capital dos esportes de aventura.
Quem não gosta de emoções fortes, pode curtir o rafting em águas tranqüilas já que, a atividade é um ótimo exercício físico.Em uma hora pode-se eliminar até 800 calorias, dependendo da intensidade. Mas para quem é fã daquele friozinho na barriga, é só embarcar e aproveitar a aventura.
Para que a prática do rafting seja seguro são necessários alguns equipamentos.Como o nome já diz, ele é um esporte radical e por isso, requer certos cuidados.
Entre os equipamentos essenciais está o colete com classe de flutuação. Esse é um dos apetrechos mais importantes já que é ele quem vai te fazer flutuar na água se você cair do bote.O colete com maior flutuação é para rios de classe 5, sendo o mais seguro de todos.
Outro equipamento importante é o remo. Sem ele, você não pode controlar o bote. Os remos com cabo em T proporcionam uma posição mais confortável para remar.
O capacete também se fez essencial. É importante que os capacetes sejam ajustáveis para cada cabeça, tenham proteção para as orelhas, furos para permitir fluxo de água e fita de fixação.
E os indispensáveis botes, que, de forma alguma, podem ser esquecidos. Nesse caso, a maior diferença está na origem. Os nacionais são feitos de PVC enquanto que os importados são de haypalon.
Ainda não existe nenhum órgão de regulamentação ou fiscalização para o rafting. Com os equipamentos nacionais mais baratos, tornou-se fácil abrir uma empresa.Fica difícil saber se uma empresa de rafting está preparada para qualquer situação de emergência.
Contudo, algumas dicas podem ser úteis. Primeiro, procure observar qual o equipamento utilizado. Os coletes devem ter uma boa flutuação, ou seja, a classe deve ser igual ou superior ao nível das corredeiras. Além disso, eles devem ser aprovados para Rafting/Canoagem pelo órgão competente do país do qual se originam (no Brasil é o IPT e a marinha).
Todos os botes devem portar um cabo de resgate com no mínimo 20m de extensão. Um dos botes deve possuir kit de primeiros socorros completo.Há botes que podem ter também o chamado ‘finca pé’, um tipo de alça no piso para prender o pé. Tal recurso diminui a possibilidade de queda. O sistema de auto-esgotamento (saída de água) chamado self-bailer também é importante.
Os instrutores devem ter boa experiência e conhecer o rio que estão descendo. Dominar os sinais que utilizam apito, remo e mão, seguindo normas internacionais também é fundamental. A boa preparação de um instrutor é imprescindível no caso de alguém cair do bote em uma corredeira. O credenciamento dos instrutores está sendo planejado e organizado pela IRF – Intenational Rafting Federation.
Fique atento a isso para que a diversão não tenha um destino trágico. Os esportes radicais podem ser praticados com segurança e prudência. Aproveite e viva perigosamente, mas nem tanto…