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Com inúmeras fotos de biquíni e roupas justinhas, a modelo Solange Gomes, mais conhecida como ex-participante do quadro “Banheira do Gugu”, no SBT, parece sempre muito confiante em exibir tudo em seu corpo exceto a barriga. Recentemente, porém, ela decidiu mostrar a região abdominal em uma imagem postada em seu Instagram para confessar que não costumava aceitá-la muito bem após passar por uma lipoaspiração malsucedida.
Na foto, é possível notar que a barriga de Solange tem uma superfície irregular – diferente do que se espera após um procedimento como a lipoaspiração – e, na legenda, ela explicou “Aí está o que vcs tanto queriam ver… Estou processando o médico desde 2009. O trauma dessa cirurgia foi tão grande que até hoje não quis refazer com nenhum outro médico”, escreveu ela.
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Lipoaspiração: por que pode dar errado?
Neste procedimento, uma cânula é usada para aspirar a gordura localizada de partes do corpo escolhidas pelo paciente, como barriga, costas, flancos, braços, papada e coxas, e, apesar de parecer algo simples, requer um bocado de detalhes tanto na preparação quanto durante e após sua realização.
Conforme mostra um estudo realizado por médicos indianos do Departamento de Cirurgias Plástica, Estética e Reconstrutiva do hospital Hinduja Healthcare Surgical e do hospital Dr. LH Hiranandani, ambos de Mumbai, resultados adversos que deixam o local submetido ao procedimento irregular normalmente são fruto de erros médicos e adversidades no momento da recuperação. Veja alguns fatores que podem tornar uma lipo malsucedida:
Tirar gordura “no limite”
De acordo com o estudo, é bastante recomendado que, durante uma lipoaspiração, se tire menos gordura do que a quantidade estimada para alcançar o resultado desejado pelo paciente. Isso porque, após o procedimento, o local desincha e a gordura da região “assenta”, deixando os contornos ainda menores. Quando se tira a quantidade exata de gordura, é possível que a superfície fique “repuxada” em alguns locais, gerando irregularidades.
Não examinar o paciente em pé (parado e em movimento)
Para determinar a quantidade de gordura que deve ser tirada de cada local, é necessário examinar o corpo do paciente meticulosamente para avaliar possíveis assimetrias já existentes, tanto quando o corpo está parado quanto quando os músculos estão contraídos. Em áreas que já são mais “fundas”, por exemplo, deve-se aspirar menos gordura de áreas mais “elevadas”.
Examinando o paciente em pé – posição que mostra os “verdadeiros” contornos – e em movimento, é possível perceber onde é preciso remover mais ou menos gordura para que a região fique uniforme após o procedimento.
Posicionar o paciente de forma inadequada durante a cirurgia
De acordo com o estudo, a forma como o paciente fica durante a cirurgia pode influenciar nos contornos da parte do corpo que será submetida à lipoaspiração, e é possível que isso faça o profissional remover mais ou menos gordura do que o necessário em algumas áreas.
No levantamento, os profissionais citam que uma lipoaspiração na região do quadril, por exemplo, deve ser realizada com o paciente virado de lado e com um “calço” entre as pernas, já que, caso ele fique deitado de barriga para cima, essas áreas podem parecer maiores do que realmente são.
Usar uma cânula muito grande na lipo
A cânula, instrumento usado para sugar a gordura da região desejada, parece um canudo bem fininho e pode ter diversos tamanhos. De acordo com o estudo, usar cânulas muito grossas significa sugar mais gordura de uma só vez, algo que pode resultar em erros. Mais adequado para evitar isso, segundo os médicos, é utilizar cânulas que tenham até 3 milímetros de diâmetro.
Passar a cânula muitas vezes no mesmo lugar
Na hora da lipo, a cânula é colocada e retirada do tecido repetidas vezes, e, segundo o estudo, às vezes o fato de ela aspirar gordura tanto na “ida” quanto na “volta”, pode fazer com que haja um exagero na retirada de tecido adiposo. Sendo assim, o ideal, segundo os médicos, é sempre desligar a aspiração antes de retirar o instrumento da região.
Tirar muita gordura superficial
De acordo com o estudo, não é apenas a gordura superficial, do tecido logo abaixo da pele, que é removida. Conforme explicam os médicos, é indicado manter ao menos 5 milímetros de gordura nesse tecido para evitar irregularidades na superfície e aspirar também camadas mais profundas para um resultado mais equilibrado.
Problemas no pós-operatório
Após uma lipoaspiração, é necessário usar uma faixa de compressão que deixa tudo “no lugar”. Caso essa faixa tenha um tamanho inapropriado ou seja usada de maneira incorreta, é possível que o paciente acabe com irregularidades na superfície operada (especialmente se isso for combinado a uma postura inadequada).
É possível corrigir?
Segundo o estudo, irregularidades como as citadas nem sempre podem ser corrigidas, mas, quando há essa possibilidade, os métodos variam. Em alguns casos, é possível reinjetar parte da gordura retirada de volta no corpo em regiões que foram demasiadamente aspiradas enquanto ele ainda está na mesa de cirurgia.
Quando já se passou algum tempo desde a lipo, pode ser necessário recorrer a outra cirurgia para remover tecidos mais fibrosos ou apostar em injeções preenchedoras ou outros procedimentos que devem ser indicados por médicos.