Cansaço físico e mental, mal estar súbito, agressividade. Cuidado! Você pode estar com estresse, o tão falado mal do século passado que insiste em desafiar o novo milênio. Também pudera, pois não são poucos os motivos que nos levam a ele: lutamos diariamente para nos manter atualizados apesar do crescente avanço tecnológico, corremos contra o tempo para fazer com que nossas parcas 24 horas do dia sejam suficientes para tudo, e ainda convivemos com a violência e a insegurança que rondam a nossa porta. Mas para tudo há uma solução e a conscienciologia é uma delas. Essa ciência, apesar do nome complicado, propõe autoconhecimento e ajuda a alcançar uma melhoria na qualidade de vida através da observação dos fatores que desencadeiam o estresse. A conscienciologia estuda a evolução da consciência além dos limites das vidas humanas, entendendo consciência como ego, personalidade, alma, espírito (sem conotação religiosa ou mística), ou uma essência íntima que temos.
O primeiro passo é entender o estresse, que – pasmem – pode até ser positivo. “Até certo ponto o estresse é necessário. Num empreendimento que se passa horas trabalhando, mas se vê bons resultados, isso traz benefícios. Não há evolução consciencial sem estresse, sem pressão. Mas se é algo que causa sentimentos ruins, que desequilibram o estado emocional e energético, então é estresse negativo”, afirma Ivo Valente, psicólogo e professor do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), no Rio de Janeiro desde 1990. Segundo Ivo, existe um padrão de pensamento, sentimento e energia, chamado pensene (pen – de pensamento, sem – de sentimento e e – de energia), que pode ser bom ou ruim. Quando a pessoa está com seu padrão de pensene desequilibrado, ela gera estresse negativo. “O importante é não se deixar poluir. Todos nós interagimos energeticamente uns com os outros. Muita gente fica estressada, com dor de cabeça, problemas emocionais e por isso é preciso promover uma auto-defesa energética, fazer uma profilaxia”, orienta Ivo.
Talvez você não tenha ouvido falar de contágio ou vampirização energética, e sua conseqüente relação com o estresse. Então saiba que é melhor ter cautela com sentimentos de mágoas, melindres, estados de mau humor e irritação, pois tudo isso contagia negativamente quem está por perto, podendo ocasionar doenças emocionais e até orgânicas. O “vampiro” bioenergético – também conhecido como “seca-pimenteira”, “desmancha-roda” e “gangorra” (aquele que quando senta, todo mundo levanta, porque ninguém consegue ficar perto dele) suga as energias dos outros, pois normalmente está num processo de egocentrismo, de carência afetiva exacerbada ou numa tristeza profunda. São pessoas que querem atenção integral, porém muitas vezes não percebem que estão nesse quadro.
Se não for possível fugir de ambientes conturbados, dos “vampiros” de plantão e das energias negativas, aprenda algumas técnicas ensinadas pela conscienciologia que, de acordo com Ivo Valente, funcionam com a força da motivação. “Não é preciso usar a imaginação, entoar mantra e nem mesmo emitir qualquer tipo de oração. A pessoa precisa somente de vontade própria, depois é só aplicar a técnica, que é bastante simples, para se livrar das intrusões energéticas externas”, garante. Para aliviar o estresse, revitalizar as energias e limpar a consciência, basta colocá-las em prática:
Circulação fechada de energia – Com apenas o comando mental, a pessoa deitada ou em de pé (parada) vai sentindo seu corpo inteiro, da cabeça ao pés, sucessivamente. Com intensificação máxima, chega-se a um estado vibracional que, de acordo com os conscienciólogos, traz uma sensação de bem-estar.
Chuveirada hidromagnética – Utilizar a circulação fechada de energia (cabeça-pé) ao tomar banho. Debaixo do chuveiro, deixar a água liberar as energias ruins, trazendo um estado relaxante.
Outra forma de evitar o estresse e se imunizar é não alimentar “lixos mentais” como ressentimentos, ociosidade física e mental, etc. Para isso, o professor Ivo Valente recomenda exercitar o perdão como auto-cura através da reconciliação – um exercício benéfico para as duas partes (quem dá e recebe o perdão); dominar as suas bioenergias não assimilando fatores negativos como os “lixos mentais”; e ainda fazer higiene mental – aprender a pensar de acordo com o contexto. Quer exemplos? Evite pensar nos problemas do trabalho enquanto estiver em casa e vice-versa. Se sair de um ambiente conturbado, pense em algo diferente. Se a buzina dos carros, o engarrafamento no trânsito e a fila de banco a incomodam, ouça uma música. O importante é se despreocupar e fazer a circulação fechada de energia onde quer que esteja sendo incomodado, segundo as orientações conscienciológicas. Ivo Valente relata que há ainda quem faça uma auto-corrupção para não se livrar das energias negativas. “A pessoa dá desculpas a si mesma para permanecer em subnível evolutivo e não melhorar, se auto-engana e continua naquele contexto estressante e não muda seu panorama mental, seu modo de pensar e sentir”, adverte.