A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que se manifesta em três fases com evolução. Feridas internas ou externas na região genital são apenas alguns dos sintomas comuns da doença, mas a condição pode afetar outras regiões inimagináveis do corpo.
Como a sífilis afeta o corpo: sintomas
Região genital: áreas internas e externas da área íntima, como vagina, pênis e ânus, podem apresentar feridas que, por não serem doloridas nem apresentarem pus, podem acabar sendo ignoradas. As lesões costumam a desaparecer sem tratamento, mas isso não indica que a infecção foi curada, apenas que foi adormecida em sua primeira fase.

Boca: a região também costuma apresentar feridas indolores e sem pus em caso de infecção por sífilis. As lesões, assim como no caso das áreas íntimas, são características da primeira fase da condição.
Mãos e pés: a presença de lesões ou manchas nas mãos e nos pés pode indicar que a sífilis entrou em sua segunda fase. As marcas na pele podem também aparecer em outras partes do corpo.
Pescoço e virilha: quando afetadas pela sífilis, as regiões costumam a apresentar nódulos. Os sintomas são comuns à segunda fase da infecção, que ocorre aproximadamente seis meses após a primeira. Dor de garganta e cefaleia são outros sinais que podem surgir.

Olhos: a presença de dor ocular, vermelhidão, fotofobia e visão embaçada também são sinais nos olhos que podem indicar uma infecção por sífilis.
Ossos: quando a sífilis não é tratada e avança para a terceira fase, pode causar degeneração óssea grave, resultando em dor intensa e deformidades. Este período é caracterizado pela chegada da bactéria no sistema nervoso, o que leva a consequências neurológicas como terror noturno, pesadelos, convulsões, demência e alterações cerebrais.
Sífilis: contágio, prevenção e tratamento

De acordo com informações do Ministério da saúde, a sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha (vaginal, anal ou oral) com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gestação ou parto.
A principal forma de prevenção da doença é o uso de preservativo nas relações sexuais, uma vez que a forma clássica de transmissão é o contato direto com lesões ativas, principalmente por via sexual nas regiões da vagina, boca e ânus.

Também é importante fazer exames de sorologia com regularidade para identificação da infecção latente e tratamento imediato de quaisquer lesões sugestivas, evitando, assim, transmitir a doença por não saber que a possui.
O tratamento da sífilis é feito por meio de penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada em qualquer unidade básica de saúde. Até o momento, o método é o principal e mais eficaz para combater a bactéria causadora da infecção.
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