Afastada já há algum tempo da dramaturgia, a atriz Cláudia Rodrigues está tratando a esclerose múltipla de uma maneira diferente da tradicional. Segundo informações do programa “Domingo Show”, da Rede Record, ela contou ter feito um transplante de células-tronco. Mas afinal, o que é isso e qual o impacto para a saúde?
Leia também
Esclerose múltipla: tudo o que você precisa saber sobre a doença
Esclerose múltipla: sintomas e diagnóstico da doença
Células-tronco: o que são?
Transplante de células-tronco para esclerose múltipla: o que é?
As células-tronco são capazes de tratar muitas doenças graças à sua capacidade de se diferenciar em vários tipos de células especializadas, como as células nervosas e da pele, por exemplo.
De acordo com a Multiple Sclerosis Society, instituição do Reino Unido para estudo da esclerose múltipla, existem 2 tipos de transplante de células-tronco que podem beneficiar a pessoa com esclerose múltipla:
- Transplante com células-tronco hematopoiéticas: feito com células que crescem na matriz óssea e podem se diferenciar em células sanguíneas, esse tipo faz com que o sistema imune deixe de “atacar” o sistema nervoso;
- Transplante com células-tronco mesenquimais: retiradas dos ossos, da pele ou da gordura, elas seriam capazes de promover a remielinização e melhorar a imunidade.
O transplante de células-tronco hematopoiéticas em pacientes com esclerose múltipla está sendo estudado por pesquisadores ao redor de todo o mundo e, por enquanto, só é recomendada em casos específicos segundo avaliação médica. Os resultados até agora são promissores e mostram melhora significativa da doença. O transplante com células-tronco mesenquimais está menos avançado em termos de pesquisa.
Como é feito
O transplante com células-tronco hematopoiéticas é feito em quatro etapas:
- Coleta das células-tronco da matriz óssea ou sangue da pessoa que será tratada;
- Purificação e congelamento até o uso;
- Quimioterapia para diminuir a imunidade do paciente;
- Administração das células-tronco.
Efeitos colaterais
O transplante de células-tronco é agressivo e requer que o paciente fique em isolamento por pelo menos um mês. Isso acontece porque a quimioterapia é intensa e a diminuição da imunidade torna a pessoa mais suscetível a infecções.