A infecção intestinal provocada pela bactéria Clostridium difficile ocorre como efeito colateral de tratamentos de saúde com antibióticos que desreguleram a flora intestinal e pode provocar diarreias graves. Em alguns casos, o problema só pode ser tratado com um procedimento eficaz, mas incomum: o transplante de fezes.
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Como é feito
Segundo o cirgurgião Dr. Fabio Atuí, o desequilíbrio grave da flora instestional pode estar relacionado a doenças como diabetes, asma, obesidade, alergias, entre outras, e o transplante pode ser uma solução. “Uma das maneiras de reequilibrar as bactérias benéficas para a flora intestinal é coletar as fezes de uma pessoa saudável, processar, peneirar e introduzir em forma de líquido na pessoa doente (através de endoscopia ou colonoscopia), para que as bactérias se desenvolvam no intestino dela”, explicou o médico em entrevista ao programa Bem-Estar, da Rede Globo.
O tratamento é relativamente novo e, apesar de já ser utilizado com frequência, ainda não foi regulamentado em todo o mundo. No Brasil, ainda é pouco utilizado, mas mostra resultados satisfatórios em pesquisas porque, segundo especialistas, as fezes transferidas contêm microbiota (conjunto de microrganismos) saudável, que recoloniza a região, reequilibra a flora intestinal e impede a proliferação da bactéria invasora. “Pode até parecer absurdo e muitos médicos ainda não acreditam, mas a ideia não é transplantar fezes, e sim bactérias que naturalmente vivem no nosso intestino, e que ajudam a combater bactérias invasoras”, afirmou o geriatra Dr. Paulo Camiz ao programa.
