O consumo de adoçantes artificiais vem crescendo cada vez mais, principalmente entre pessoas que desejam perder peso. Mas é importante saber que esses produtos foram criados especialmente para quem apresenta algum distúrbio no metabolismo de açúcares (diabéticos e pré-diabéticos). Nos últimos anos, os consumidores que estão na busca pelo emagrecimento os procuram por serem não calórico e serem um substituto do açúcar. É nesse sentido também que vem se tornando comum a ingestão de alimentos diet e light. Mas, apesar de não serem calóricos, estudos mostram que eles podem ser responsáveis pela elevação do peso. Entenda por quê.
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Isso acontece porque os adoçantes artificiais estimulam o apetite, aumentam as carências de carboidratos e produzem uma variedade de disfunções metabólicas que promovem o armazenamento de gorduras e aumento de peso. Esses produtos basicamente enganam nosso cérebro fazendo-o crer que irá receber açúcar, mas como o açúcar nunca chega, então nosso corpo indica que necessita de mais carboidrato, ocasionando o aumento do apetite.
Outro estudo mostra que o consumo desses adoçantes artificiais não calóricos impulsiona o desenvolvimento de intolerância à glicose (quando o organismo não produz insulina suficiente). A pesquisa envolveu testes em roedores. Os animais foram divididos em grupos: um grupo tomou adoçante (sacarina, aspartame ou sucralose) e o outro, água ou açúcar. Aqueles que ingeriram adoçante desenvolveram intolerância à glicose.
Ao atravessar o estômago, essas substâncias encontram no intestino um imenso ecossistema de bactérias que desempenham um papel significativo na saúde humana. Os animais que ingeriram o adoçante tiveram alterações tanto na composição quanto na função da flora intestinal, que atua no metabolismo de alguns nutrientes. Por isso, sua disfunção pode acarretar em danos à saúde. A microbiota intestinal danificada pode contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças metabólicas, como a intolerância à glicose, além da obesidade.
Andréa Santa Rosa Garcia é nutricionista com foco em Nutrição Funcional, que tem como base não apenas a contagem de calorias, mas o que o corpo realmente precisa. Criadora do programa online Vida Funcional, Andrea é ainda membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional e do Institute for Functional Medicine (EUA), além de ser pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, em Fisioterapia Clínica Funcional e Nutrição Ortomolecular.
Nutricionista de famosas como Juliana Paes, Cléo Pires, Sabrina Sato, Fiorella Mattheis e Angélica, Andrea é casada com o ator Márcio Garcia, com quem tem quatro filhos.