1ª morte por sarampo é confirmada em SP: 7 informações essenciais sobre a doença

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Pouco tempo após informações da Secretaria Estadual da Saúde mostrarem que o número de casos de sarampo registrados em São Paulo durante 2019 é o maior desde 1997, o órgão também confirmou a primeira morte causada pela doença na cidade desde o início do surto.

A vítima é um homem de 42 anos que não tinha registro de imunização e, ainda que uma campanha de vacinação contra a doença esteja em andamento desde o dia 12 de julho, a situação é um alerta e é importante que todos saibam como identificar e prevenir o sarampo.

Informações sobre sarampo que todos devem saber

O que é o sarampo?

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Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que foi, durante vários séculos, uma das maiores enfermidades epidêmicas do mundo. Perigosa, ela representa uma das principais causas de mortes decorrentes de doenças de crianças do planeta.

Como se pega sarampo?

Como outras doenças virais, o contágio por sarampo se dá por via de secreções respiratórias. Sendo assim, é possível pegar sarampo quando se entra em contato com a tosse ou espirro de uma pessoa infectada e, uma vez que o vírus se instala na mucosa do nariz, ele se reproduz e entra na corrente sanguínea.

É comum a ideia de que o sarampo é transmitido apenas quando a pessoa já está com as tão características manchinhas pelo corpo, mas, assim como acontece com a catapora, a transmissão é possível desde antes do surgimento delas – e as chances continuam até o quarto dia após as erupções aparecerem.

Sintomas de sarampo

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Uma vez infectada com o vírus do sarampo, são comuns os seguintes sintomas:

  • Febre alta e persistente;
  • Mal-estar geral;
  • Coriza;
  • Tosse;
  • Alterações no apetite;
  • Manchas brancas na parte interna das bochechas;
  • Manchas vermelhas na pele após alguns dias de febre (normalmente, elas surgem na região atrás das orelhas e então se espalham pelo corpo).

Cerca de três dias após o surgimento das erupções vermelhas pelo corpo, ela tendem a descamar e sumir junto com a febre. A persistência destes sintomas, porém, indicam possíveis complicações decorrentes da doença.

Complicações do sarampo

Quando o sarampo atinge um organismo já fragilizado por outras doenças ou não é devidamente tratado, ele pode fazer com que o paciente desenvolva males entre os quais alguns podem levar à morte. São eles:

  • Otite média aguda;
  • Pneumonia bacteriana;
  • Manifestações neurológicas como encefalite;
  • Doenças cardíacas;
  • Cegueira.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do sarampo é feito a partir de um exame de sangue que confirma a avaliação física do paciente e o tratamento é voltado para amenizar os sintomas trazidos pela doença. Com isso, é comum que se use antitérmicos para controlar a febre e antibióticos para complicações bacterianas.

Como prevenir

Hoje, a melhor forma de prevenir o contágio pelo sarampo é se vacinar, já que, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a vacina contra sarampo é eficaz em 97% dos casos. Em geral, ela é aplicada em duas doses ainda na infância, a partir do primeiro ano de vida da criança.

Atualmente, em vista do aumento do número de casos, o Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idade entre um ano a 29 anos, devem ter pelo menos duas doces da vacina contra o sarampo. Acima desta faixa, até 59 anos, é preciso ter pelo menos uma dose. Não há indicação para pessoas com mais de 60 anos, pois esse público potencialmente teve contato com o vírus, no passado.

Além disso, também é importante que pessoas infectadas saibam minimizar os riscos de transmiti-la. Para isso, o órgão recomenda buscar assistência médica (e utilizar uma máscara no local), evitar aglomerações e ambientes fechados, não ir à escola ou ao trabalho, não compartilhar objetos que vão à boca, lavar as mãos com frequência e cobrir a boca ao tossir ou espirrar.

Quem precisa tomar a vacina do sarampo?

Devido ao surto de sarampo, a campanha de vacinação iniciada em 12 de julho na cidade de São Paulo foi prorrogada até o dia 31 de agosto, e ela tem como público-alvo crianças entre seis meses e um ano, pessoas entre 15 e 29 anos e profissionais da saúde.

Apesar de não serem o foco da campanha, pessoas que têm entre 30 e 59 anos devem receber uma dose da vacina – que, por sua vez, é contraindicada para mulheres grávidas e indivíduos imunossuprimidos (transplantados ou que estão sob tratamentos agressivos para o organismo, como quimioterapia).

A vacina em questão, chamada tríplice viral, está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município e a orientação é a de que, mesmo já tendo se imunizado contra o sarampo anteriormente, todos que se enquadrem no foco da campanha busquem o atendimento.

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