Pílula do dia seguinte: dose única ou dois comprimidos. Como tomar? Há diferenças?

por | jun 30, 2016 | Saúde

Existem dois tipos de pílula do dia seguinte: as compostas de uma dose altíssima de progesterona e as formadas pela associação de estrogênio e levonorgestrel. O anticoncepcional emergencial é  vendido nas farmácias sem necessidade de receita e tem duas apresentações – embalagens com um comprimido de 1500 mcg ou com dois comprimidos de 750 mcg, que são tomadas em duas doses com um intervalo de 12 horas entre elas. 

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O importante é que a dose de 1500mcg seja tomada o mais depressa possível, em dose única ou fracionada em duas vezes (1 comprimido de 750mcg a cada 12 horas).

Apresentações da pílula do dia seguinte:

Dois comprimidos

A combinação de anticoncepcionais em duas doses iguais é administrada em intervalos de 12 horas, sendo que a primeira dose (ou o primeiro comprimido) precisa ser ingerido, no máximo, 72 horas após a relação sexual desprotegida. E a segunda dose (o segundo comprimido) 12 horas após a administração da primeira dose. 

Um comprimido

A outra maneira de se utilizar o contraceptivo de emergência (a pílula do dia seguinte) é a administração de uma dose única (um comprimido contendo o anticoncepcional hormonal ou a combinação de anticoncepcionais), no máximo 72 horas após a relação sexual desprotegida. 

Estudos recentes realizados pela Organização Mundial de Saúde demonstram que a dose única é tão eficaz e segura quanto a dose fracionada em dois, quatro ou até oito comprimidos. Uma das vantagens de se usar a pílula do dia seguinte em dose única é a facilidade de administração e o menor risco de esquecimento, porém, a dose única pode aumentar o risco de ocorrência de efeitos indesejáveis (efeitos colaterais) como dores de cabeça, náuseas e irregularidades na menstruação.

A pílula do dia seguinte tem um índice de falha igual a 2% entre 0 a 24 horas após a relação e o índice de efetividade em média igual a 75% (o que significa dizer que 3 de 4 gestações provenientes de relações sexuais desprotegidas podem ser evitadas). Portanto, trata-se de um método bastante seguro. 

No entanto, é importante ressaltar que a eficácia do método reduz em função do tempo, ou seja, quanto mais se demora para utilizar a pílula, maior a chance do método falhar. Em alguns casos (dependendo da pílula utilizada) o índice de falha pode chegar a 3,2% entre 0 a 3 dias.