Dor é o que sentimos quando algo de errado acontece em nosso corpo. Pode ser uma pancada, uma infecção causada por um micro-organismo ou corte na pele. Quando isso acontece, os nervos do local afetado enviam uma informação ao cérebro, que estimula o córtex motor para gerar uma reação – a dor.
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Fisioterapeuta especialista em tratamento da dor, Patricia Manzoni explica essa reação de maneira mais simplificada: “Torci meu tornozelo e estou com muita dor. Isso significa que os nervos captam a nova condição do meu pé e informam ao cérebro, que entende que aquele local está lesionado, enviando a informação da dor”.
Como aliviar a dor
Para combater a dor, geralmente recorremos a medicamentos, mas esse alívio também pode vir por meio da neuroestimulação elétrica cutânea, mais conhecida como tecnologia TENS. “A estimulação elétrica é uma forma de analgesia, o que não dispensa o acompanhamento médico e tratamento fisioterápico. Ela melhora consideravelmente a qualidade de vida do paciente enquanto o tratamento das causas é realizado”, afirma a fisioterapeuta
Há alguns anos, a tecnologia TENS estava restrita aos consultórios médicos, mas hoje pode ser encontrada nas farmácias e utilizada em casa. É eficiente para reduzir a dor de diversas origens, como: musculares, tendinosas, articulares e de tensões musculares.
Esta proposta inovadora está presente em Tanyx, um aparelho portátil que utiliza pulsos elétricos para bloquear a passagem da dor. “O uso da tecnologia TENS aumenta substâncias produzidas pelo nosso organismo que nos dão bem-estar, como serotonina, noradrenalina. O Tanyx é um método de controle de dor não-invasivo, o qual deve ser sempre indicado como coadjuvante no tratamento individualizado de cada paciente. O TENS por si só não trata a patologia de base, porém é um adjuvante seguro para o controle de diferentes tipos de dor crônica ou aguda”, explica a Doutora Gabriela Rocha Lauretti, chefe do Departamento de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Tanyx apresenta três mecanismos de ação: um que corta a informação da dor que vai ao cérebro, outro que age na liberação de endorfinas pelo organismo e um terceiro que é a parestesia local, um efeito de analgesia da área, que permanece mesmo após o uso do dispositivo.
Por que algumas pessoas sentem mais dor?
Algumas pessoas são mais sensíveis à dor do que outras e, segundo a fisioterapeuta , isso não tem uma explicação objetiva. “A sensibilidade à dor é variável e não sabemos o porquê disso. Contudo, um estudo comprova que as mulheres que sofrem de cólicas menstruais desde a adolescência são mais sensíveis à dor do que outras. É importante lembrar que cólica menstrual é crônica: ela vai e volta todo mês. Isso sensibiliza o cérebro e faz com que essa pessoa seja mais sensível a qualquer tipo de dor”.
A profissional ressalta a importância de tratar adequadamente as dores agudas para que elas não virem crônicas. “A dor aguda tem causa conhecida e passa em pouco tempo. Mas, se não cuidarmos, ela pode virar crônica e comprometer o bem-estar do paciente”, finaliza Patrícia Manzoni.
