Por Luana Stoduto, nutricionista*
Cada vez mais utilizados, os adoçantes dietéticos são produzidos a partir de edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce. Na verdade, os adoçantes foram desenvolvidos para diabéticos, que necessitam evitar o consumo de açúcar na alimentação, não aumentando descontroladamente a glicemia no sangue. No entanto, hoje, a substância é queridinha também dos que precisam cortar o doce para emagrecer.
Os adoçantes são classificados em dois grupos: os não calóricos e os calóricos. Os não calóricos são: sacarina, ciclamato, aspartame, acessulfame e estévia. Já os calóricos são a frutose, o xylitol, o sorbitol e o manitol.
Os não calóricos existem para atender necessidades específicas, como a dos os diabéticos, ou, ainda, o de pessoas que têm intolerância a glúten, por exemplo. Assim, você pode perceber que os produtos dietéticos não são restritos para quem tem diabetes. Na verdade, o que os portadores de diabetes devem ver é se o adoçante tem, ou não, sacarose. Se tiver, não pode ser consumido.
Já os adoçantes calóricos apresentam uma menor quantidade de calorias e de outros nutrientes, mas não necessariamente estão livres de sacarose. Esses são recomendados para pessoas que querem perder peso.
Como os adoçantes têm sido usados por pessoas sem nenhum problema de saúde, apenas para evitar calorias, é necessário fazer um alerta: o consumo indiscriminado do produto pode causar problemas, pois nem todas as pessoas podem usá-lo.
Os adoçantes com ciclamato de sódio, por exemplo, devem usados com moderação por hipertensos e pessoas com insuficiência renal. Isso porque, como o próprio nome diz, eles contêm sal, que pode contribuir para o aumento da pressão sanguínea.
Crianças e idosos precisam de uma avaliação individual para saberem se podem consumir, ou não, esse produto. Além disso, ele é contraindicado para pacientes portadores da fenilcetonúria (mal congênito e raro, diagnosticado no teste do pezinho, que se caracteriza pela ausência de uma enzima que faz o metabolismo da fenilalanina).
Gestantes também devem evitar o consumo, já que os efeitos do aspartame, por exemplo, podem passar diretamente para o feto. A única recomendação é para as futuras mamães que são diabéticas.
Já a frutose e a estévia são adoçantes naturais, extraídos de frutas e de uma planta, respectivamente. No entanto, não há estudos que possam comprovar que são seguros para consumo durante o período gestacional.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ingestão diária ideal de cada adoçante seria de:
1) Sacarina: 5 mg/Kg
2) Ciclamato: 11 mg/Kg
3) Aspartame: 40 mg/Kg
4) Acessulfame: 15 mg/Kg
5) Stévia: 5,5 mg/kg
6) Frutose: não existe limite
7) Xilitol, Sorbitol e Manitol: 15 mg/Kg
*Luana Stoduto é nutricionista, formada pela Unigranrio e especialista em Administração de Serviços de Alimentação pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).