Lesão por esforço repetitivo, ou LER, é o nome dado à síndrome causada pela execução de tarefas repetitivas e contínuas, como digitar, fazer tricô, jogar tênis ou dirigir. A postura incorreta durante a execução das atividades cotidianas também pode levar ao surgimento de lesões que estão relacionadas, principalmente às atividades ocupacionais.
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De acordo com o ortopedista da Unimed Costa Oeste, Luciano Martins, pessoas que utilizam o computador como principal ferramenta de trabalho são as mais atingidas pela doença que dificilmente é diagnosticada no início. “A síndrome se desenvolve de maneira vagarosa e pode ser ocasionada pela carga excessiva de trabalho, temperatura, vibrações e pressões locais sobre o membro afetado”, explica.
As mulheres se destacam neste quadro, segundo o especialista. “Aproximadamente 85% dos pacientes são mulheres na faixa etária dos 20 aos 40 anos. Elas costumam assumir diversas responsabilidades e se submetem a até três jornadas de trabalho, com mais facilidade”, afirma.
Sintomas
Digitação é uma das principais causas de LER. Crédito: Thinkstock
Os sintomas que caracterizam a doença são: dor nos braços, dor nos dedos ou em outros membros afetados, dificuldade de movimentação, formigamento, falta de força e baixa sensibilidade. Vale ressaltar que os primeiros sintomas podem aparecer somente muitos anos após o início das atividades repetitivas.
Tratamento
O tratamento da lesão baseia-se no uso de anti-inflamatórios para reduzir a dor, além de repouso da atividade causadora. Terapia ocupacional, alongamento e, até mesmo, acupuntura são terapias alternativas que podem auxiliar neste processo. “Na acupuntura, a aplicação das agulhas em pontos específicos proporcionam o relaxamento dos músculos e estimulam o sistema supressor da dor”, explica o ortopedista. A fisioterapia se faz necessária em alguns casos.
Prevenção da LER
Mudanças de hábitos são fundamentais para prevenir a síndrome. Durante o trabalho em frente ao computador, o médico aconselha que a cada 25 minutos de digitação, seja feita uma parada de cinco minutos para aliviar a tensão. Manter a planta dos pés no chão e a postura ereta e beber água ao longo o dia, bem como espreguiçar-se e levantar a cada hora são boas medidas de precaução. “Em relação à postura, uma dica importante é que a parte interna do joelho não toque a cadeira, para não afetar a circulação sanguínea”, finaliza o médico.