Segundo estudo, uma dieta saudável específica com abordagem mediterrânea ajuda a proteger o cérebro
Estudos já apontaram que o que se come na faixa dos 40 anos contribui com o bem-estar e a saúde aos 70. Recentemente, porém, outro estudo relacionou alimentação e saúde na terceira idade – e, desta vez, uma dieta específica se provou eficaz em proteger o cérebro contra doenças neurodegenerativas, como a demência. Veja detalhes:
Dieta saudável ajuda a proteger o cérebro
Com o avanço da idade, o risco de doenças que geram declínio cognitivo, como os vários tipos de demência, aumenta. E, recentemente, um estudo avaliou a eficácia de uma dieta específica com relação à proteção contra esse declínio cognitivo. Os resultados são animadores e indicam que seguir certas “regras” na alimentação ao longo da vida ajuda a manter esses problemas longe.
A dieta em questão, originalmente chamada de MIND-DASH, consiste em uma combinação entre a dieta mediterrânea com uma abordagem que foca em reduzir a pressão arterial. A alimentação mediterrânea, que já coleciona títulos de melhor dieta entre as demais, se baseia em vegetais, frutas, cereais, peixes, aves e azeite. Ela também limita derivados do leite e carne vermelha, e prioriza alimentos frescos.
O estudo em questão avaliou os hábitos alimentares de mais de 14.1 mil pessoas ao longo de anos. Após uma década, suas dietas foram pontuadas de acordo com uma série de parâmetros relacionados à dieta MIND-DASH. Quem seguiu com mais afinco as diretrizes da dieta, pontuou mais. Ao final, foi encontrada então uma possível relação entre uma adesão maior à essa alimentação e um risco menor de declínio cognitivo.
Outra descoberta interessante é a de que os efeitos foram diferentes para grupos diversos. A redução do risco de declínio cognitivo com a alimentação específica foi maior para mulheres do que para homens, e superior entre pessoas negras com relação a brancos.
O estudo em questão foi publicado no periódico Neurology.
Detalhes da dieta saudável
A dieta MIND-DASH inclui vegetais e folhas verdes, nozes, frutas vermelhas, grãos integrais, aves, azeite de oliva, frutos do mar, feijões e vinho. Além disso, a ideia é evitar carne vermelha, queijo, alimentos ultraprocessados, doces, manteiga e margarina. Em meio a isso, as condutas valorizadas no estudo foram:
- Consumo de mais de seis porções de folhas verdes por semana;
- Consumo de ao menos um outro vegetal além delas todos os dias;
- Consumo de mais de três porções de grãos integrais por dia;
- Consumo de mais de duas porções de frutas vermelhas por semana;
- Consumo de peixe mais de uma vez por semana;
- Consumo de aves mais de duas vezes por semana;
- Consumo de feijões mais de três vezes por semana;
- Utilização de azeite de oliva;
- Consumo de nozes;
- Redução do consumo de carne vermelha ou processados a menos de quatro porções na semana;
- Redução do consumo de fast food e frituras a menos de uma vez na semana;
- Uso de menos de uma colher de sopa de manteiga ou margarina por dia.
