Hoje é muito difícil diagnosticar o tipo correto de depressão na primeira sessão psiquiátrica. Só é possível que o médico entenda do que se trata quando a pessoa discorre sobre os fatos, desde o histórico de depressão familiar, infância até chegar à situação em que se encontra.
Esse é um mal que atinge a maioria da população. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 17 milhões de brasileiros já foram diagnosticados com o problema, em especial as mulheres. Os sintomas da depressão são muito distintos.
Depressão primária
Atinge de 10% a 20% da população que sofre desse mal. A depressão primária não tem uma causa detectável, o individuo é acometido de um mal estar, sem ter passado por nenhuma situação que o levasse a essa condição.
Depressão secundária
Está diretamente ligada a alguma doença física grave como câncer e determinados usos de medicamentos. Quem está ou saiu das drogas também pode enfrentar esse tipo de depressão.
Depressão genética
Acontece em casos a onde nota-se um padrão da doença na família, podendo desenvolver de fato ou não. Quem já sabe que a família possui essa pré-disposição, consulte um médico e veja modos de prevenir o desenvolvimento da doença e se há de fato esse risco.
Depressão distimia
É uma espécie de depressão longa, dura mais de dois anos e é intensa. O paciente consegue conviver socialmente, mas não aproveita os momentos. Uma das principais características é o mau humor e a autocrítica; o sentimento de rejeição é enorme e constante.
Normalmente quem possui esse tipo é mais difícil de ser identificado e portanto demora mais para ir ao médico por pensar que sempre foi assim. A pessoa precisa admitir primeiro que vive um problema para reconhecer que nem sempre agiu desse modo e então procurar o acompanhamento médico.
Depressão bipolar ou maniaca depressiva
Caracteriza-se principalmente pela mudança de humor. É um pouco mais difícil de serem identificadas. Em alguns casos as fases duram um tempo e demoram para mudar. Em outros as brigas que acontecem por qualquer coisa são muito constantes e os sinais de violência evidentes.
Quando presenciamos ou vivenciamos uma situação assim a primeira coisa que pensamos é que a pessoa está fora de controle, e na maioria dos casos a raiva é tanta que perde-se o contato definitivo com quem se teve a briga. Pessoas com esse tipo de transtorno perdem muito socialmente até descobrirem seu real problema. É um caso difícil de tratar, além de depender de uma força de vontade extrema. Os remédios influenciam direto no comportamento, sendo mais agressivos que os outros. A pessoa tem consciência de que os remédios necessários, em sua maioria, são degenerativos.
Depressão pós-parto
É uma das mais conhecidas, atinge 20% das mulheres. Isso acontece porque, apesar de ser um momento bonito e na maioria dos casos a mãe estar aparada por familiares e médicos, durante a gestação a mulher vivencia momentos de muitas transformações entre vida social, familiar e também profissional. Desencadeiam uma ansiedade durante o parto, que acaba se refletindo no pós-parto. Em 24% dos casos é comum que um quadro de ansiedade vire uma depressão.
Os sintomas começam a aparecer depois de 15 dias do parto, o acompanhamento do obstetra e de um psicólogo é fundamental para que seja descoberto o tipo de depressão e sua gravidade. Em alguns casos a mulher desenvolve a psicose, que é um quadro de depressão grave. Quando isso acontece as alucinações são sintomas comuns e o risco de agressão ao filho é real. Existem casos registrados de morte de recém-nascidos causados pela mãe. Porém o quadro é mais comum em mulheres que já tiveram surto antes da gravidez ou que têm histórias de doença mental na família.