A dieta certa para você

por | jun 30, 2016 | Alimentação

Nesses tempos em que gordura é palavrão e corpinho roliço é crime social, fazer dieta é nada mais do que mera obrigação. Dieta da Lua, do abacaxi com presunto, dieta verde, dieta das proteínas. Métodos alimentares para emagrecer existem aos quilos e, cientificamente embasadas ou não, propagam seus êxitos e fracassos pelo mundo na base do boca-a-boca. Mas os médicos afirmam que dieta boa é aquela que respeita os hábitos e preferências de cada um e, por isso, o que faz a alegria da balança de fulana, não obrigatoriamente fará o mesmo em sicrana. O segredo para o sucesso da empreitada é a assessoria de um profissional e a boa consciência de cada uma com as suas gordurinhas. Ou melhor, sem elas.

Recentemente, o mundo das dietas foi tomado de assalto com divulgação do nome de um novo vilão: o glúten. Trata-se de uma proteína combinada com o amido presente na semente do trigo, da cevada, do centeio e da aveia. O corpo humano tem dificuldades para processá-la, o que gera uma intoxicação. Além disso, o glúten gruda das paredes do intestino e prejudica a absorção dos nutrientes. Extirpá-lo da alimentação é a nova palavra de ordem da dietolândia e a cineasta Domênica Guimarães não titubeou em obedecer.

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“Volta e meia, eu me sentia estufada, à noite sobretudo. Meu irmão, que é médico, me falou sobre o glúten e sugeriu que eu o retirasse da dieta. Não é muito simples, a princípio, porque muita coisa tem glúten e as que não têm são mais caras. Um pacote de pão de forma sem ele, por exemplo, custa uns dez reais. Mas o efeito está sendo muito bom, em duas semanas eu desinchei”, garante ela, sem glúten no organismo há quatro meses. “E não estou passando sufoco de vontade de comer bolo, pastelzinho, milanesa. Está dando muito certo, estou me sentindo desintoxicada”, afirma.

Me dei conta de que toda dieta, pelo menos numa fase inicial, exige mudanças sérias. Mas não precisam ser radicais

A publicitária Sabrina Del Nero tem 29 anos e, em janeiro deste ano, estava com 60 quilos, ainda dentro do seu peso normal. Mas ela queria recuperar o manequim perdido e decidiu cair de boca nas proteínas. “Comprei o livro da dieta de South Beach, li inteiro num dia e logo comecei a seguir as orientações, tudo certinho”, conta ela. Ao final de uma semana, Sabrina tinha deixado pra trás, além dos carboidratos, 200 gramas do seu peso. “Deu tudo errado, o que eu tinha era uma dor de cabeça horrível, principalmente à noite. Fiquei irritada, trabalhei mal, sem disposição nenhuma. Nas três vezes em que fui à academia, desisti no meio dos exercícios e voltei pra casa”, lembra a publicitária.

Foi então que Sabrina lembrou de uma outra dieta, prescrita por uma nutricionista três anos antes, de que também havia desistido. “Me dei conta de que toda dieta, pelo menos numa fase inicial, exige mudanças sérias. Mas não precisam ser radicais. Morria de saudade do pão, por exemplo, que eu só ia poder comer, segundo a dieta do livro, lá pela terceira, quarta semana. Quando peguei o cardápio da nutricionista, depois dessa experiência desastrosa, comecei a olhar com outros olhos”, garante. E a comer com outras bocas também. “Essa é a dieta que está funcionando pra mim. É baseada numa combinação de proteína, carboidrato e gordura em todas as refeições, que são divididas em blocos. Perdi os seis quilos que eu queria sem fazer muito esforço e estou me alimentando com mais qualidade”, afirma.