A endocrinologista Zuleika Rotiel explica que a dieta das proteínas – como qualquer outra, enfatiza – não deve ser seguida sem apoio médico. “Um hipertenso, um diabético ou uma pessoa com colesterol alto ou algum desequilíbrio no hemograma corre risco adotando um programa desse por conta própria”, alerta. Para ela, a dieta de South Beach funciona melhor para quem tem grandes problemas de peso mas, mesmo assim, precisa de adaptação individual como no caso do jornalista Augusto Figueiredo.
Ele perdeu cinco quilos em pouco mais de um mês. “Como eu sempre gostei de carne, não foi doloroso. Sentia falta mesmo era de uma boa massa, mas agora já posso comer moderadamente. Meu nutricionista e eu organizamos as minhas refeições com o que eu gosto e associamos a um programa de moderação de apetite, incluímos muitas fibras. Pão agora é pouco e só do integral. E realmente não tenho mais vontade de comer a padaria inteira”, reconhece ele que, ao contrário de Sabrina, ganhou até mais disposição para arriscar os necessários exercícios físicos.
Não adianta, cada pessoa tem suas próprias necessidades. Dieta da revista, que a vizinha fez e deu certo, é sempre arriscado
Antes do sucesso, entretanto, Augusto já tinha passado por tentativas frustradas como o esquema de pontos. “Peguei aquele livrinho, minha mulher fez comigo pra me ajudar. Mas não deu certo. Consegui emagrecer um pouco no começo, mas aquilo me dava mau humor, mais fome. Não deu certo. Larguei rápido e engordei tudo de novo”, lembra. Mas foi esse mesmo sistema que fez a alegria da produtora editorial Suellen Cunha. “Eu percebi que era uma reeducação alimentar. Entrei no projeto, fui às reuniões. Você não se priva de nada, isso pra mim foi o melhor”, conta.
A nutricionista Georgete Holanda reconhece os resultados do esquema, mas acrescenta que a consciência de alimentação é que faz a diferença. “Se um prato de brigadeiro tem 150 pontos e você tem 300 pontos para ingerir num dia, comer dois pratos de brigadeiro só vai aumentar o problema. O programa é bom, mas precisa ser seguido como o indicado, com todas as refeições e o equilíbrio correto de nutrientes”, comenta.
Para isso, como já estamos gordos de saber, a orientação médica é fundamental. “Não adianta, cada pessoa tem suas próprias necessidades. Dieta da revista, que a vizinha fez e deu certo, é sempre arriscado”, afirma Zuleika Rotiel. Antes de modificar radicalmente seu cardápio, portanto, procure um especialista. Um nutricionista, além de garantir a saúde do projeto, certamente vai tornar mais fácil a tarefa de emagrecer e se alimentar melhor. “É um apoio médico e de incentivo também”, finaliza Georgete.
