Apesar de a prevenção ser a melhor alternativa, saber reconhecer os sintomas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) é essencial para identificar e tratar o problema rapidamente, evitando que se complique.
A seguir, aprenda identificar os principais sinais:
Sintomas de DSTs
Aids: imunidade baixa
O vírus do HIV pode ficar latente em alguns indivíduos por tempo indeterminado, mas em outros ele pode se manifestar gerando a Aids, que é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
De acordo com a ginecologista Maria Rita Curty, do Hospital e Maternidade São Cristóvão, o problema degenera as células que protegem o organismo de agressões exteriores, deixando-o exposto a diversos acometimentos, como pneumonia, conjuntivite, etc.
Portanto, seus sintomas dependem da doença adquirida em decorrência da baixa imunidade.
Candidíase: vermelhidão e coceira
A ginecologista Maria Rita Curty explica que a candidíase é uma infecção que pode ser transmitida pelo sexo oral. “Na boca, ela deixa a mucosa vermelha e a língua esbranquiçada, além de causar ardor e dificuldade de engolir”, conta.
O urologista Thiago Tambelli, do Hospital Samaritano de São Paulo, ainda ressalta que a candidíase pode atingir o homem por relação vaginal com mulher com a infecção. Nestes casos, os sintomas incluem vermelhidão, coceira, ardência e inchaço.
Clamídia: dores ao urinar
A clamídia gera dor pélvica e para urinar e saída de pus pela uretra. No entanto, apenas 10% das mulheres e 30% dos homens apresentam algum sinal, o que dificulta o diagnóstico e faz com que o problema se agrave, evoluindo para linfogranuloma venéreo, doença que gera dois caroços na pelve (um de cada lado) extremamente doloridos, avermelhados e com pus.
Se não tratado, o problema ainda pode causar infertilidade.
Gonorreia: secreção com pus e cólicas
A bactéria da gonorreia se manifesta nos homens com pus saindo pela uretra, que é o canal da urina, e ardência na genitália.
Na mulher, o problema se manifesta do mesmo jeito, com o acréscimo de dores abdominais na região da pélvis, semelhantes a cólicas. Em casos mais graves, a bactéria da gonorreia pode obstruir as trompas uterinas e causar infertilidade.
Hepatite B
Uma das formas de contaminação da Hepatite B é o sexo, seja ele anal, oral ou vaginal.
A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas como tontura, ânsia, vômito, febre, pele e olhos amarelados e urina escura.
Herpes: bolhas d’água
Transmitida pelo contato direto com a lesão, a herpes genital é um tipo de DST comum. Ela se manifesta no homem por vesículas, que são bolhinhas d’água que surgem na região dos testículos, glande, virilha e monte pubiano (“gordurinha” acima da púbis).
Na mulher também surgem bolhas d’água, mas no clitóris, virilha e monte pubiano.
HPV: verrugas genitais
O HPV tem manifestações semelhantes no homem e na mulher, surgindo por meio de verrugas genitais.
No entanto, a manifestação é mais comum no sexo feminino, visto que a vagina tem um ambiente quente e úmido propício para proliferação de micro-organismos.
Em uma pequena parcela dos casos, a lesão pode se tornar câncer de colo de útero ou câncer peniano.
Sífilis: feridas, pesadelos e manchas
A sífilis se manifesta de diferentes maneiras, a depender da fase da doença. Se for a primária, surgem sintomas na pele, como feridas no pênis, vulva, vagina, colo do útero e boca.
De acordo com o departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, o problema não causa coceira ou ardência e as lesões não tem pus. Em alguns casos, também surgem caroços na virilha.
Já a sífilis secundária se manifesta nas vísceras, cirando manchas e lesões múltiplas na pele, parecidas com uma alergia.
O tipo terciário é mais grave e afeta o sistema nervoso central, gerando convulsões, terror noturno, pesadelo, etc.
Sintomas de DST aparecem em quanto tempo?
Segundo a médica Maria Rita Curty, o tempo para a maioria das DST se manifestar no corpo varia de uma a três semanas após o ato sexual que a transmitiu.
“Apenas as doenças causadas por vírus do HPV, AIDS e herpes podem demorar mais tempo”, ressalta a especialista. Isso ocorre porque em alguns casos os micro-organismos ficam latentes no organismo, ou seja, inativos, e só se manifestam em quedas de imunidade.
Como os sintomas de DST podem ser passageiros ou simplesmente não se manifestarem, o ideal é realizar exames rotineiros para identificar e tratar qualquer anormalidade precocemente.
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