Cientistas australianos testaram uma nova vacina contra o papilomavírus humano (HPV) cujos resultados mostram 93% de eficácia na prevenção de câncer de colo de útero e outros tumores causados pela infecção. Espera-se que ela esteja disponível aqui no Brasil muito em breve.
Vacina nonavalente contra HPV

O HPV possui mais de 200 subtipos diferentes. Um estudo australiano publicado no International Journal of Cancer, com desenvolvimento do Hospital Royal Women’s de Melbourne e do Serviço de Citologia Vitoriana, analisou 847 amostras de câncer de colo de útero e descobriu que 77% eram positivas para as cepas de HPV 16 e 18.
A vacina Gardasil quadrivalente, disponível pelas redes pública e particular de saúde brasileira, evita a contaminação dessas cepas mais comuns e de mais duas.
Já os outros 16% estavam ligados aos subtipos 31, 33, 45, 52 e 58, que não apresentam imunização nacional.
Acontece que já há uma vacina que evita esses sete gêneros do vírus juntamente com os quatro já oferecidos, a Gardasil 9 ou nonavalente.

Eficácia de 93%
Com base nos dados do estudo, os cientistas acreditam que a Gardasil 9 contra HPV evita 93% dos casos de câncer de colo de útero.
O MSD, laboratório responsável tanto pela versão antiga quando a nova, confirmou que a fórmula poderia elevar de 70% para 90% o nível de proteção contra os cânceres de colo do útero, vulva, vagina e ânus, além de prevenir contra as verrugas genitais em mulheres e homens de 9 a 26 anos
Nova vacina contra HPV no Brasil
O medicamento já foi aprovado pela agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e está disponível nos Estados Unidos desde 2014. No entanto, sua permissão no Brasil ainda está em andamento.
A farmacêutica MSD afirmou que já submeteu o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não há previsão de lançamento.
Já a Anvisa disse que a previsão é de que o processo seja concluído em 4 a 5 meses, a depender da documentação que ainda deve ser apresentada pela empresa.
Melhor alternativa ainda é a quadrivalente

O HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum. Sua transmissão pode ocorrer pelo sexo oral, vaginal, pelo contato sexual sem penetração ou pelo compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas de banho.
Embora o preservativo previna diversas DSTs, a camisinha não impede totalmente a contaminação por HPV, já que não cobre toda a área que abriga o vírus.
Assim, para evitar que homens e mulheres continuem vulneráveis às doenças causadas por esse micro-organismo, a vacina quadrivalente continua sendo a melhor opção.
A vacinação quadrivalente contra HPV pelo SUS atendia atende meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14.
Já no mercado particular, a imunização está disponível para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26.
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