O índice de pessoas que têm diabetes e não sabe é perigosamente alto, alerta o relatório publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, praticamente uma em cada quatro pessoas são sabe que são diabéticas e, em casos de pré-diabetes, o índice é ainda mais alto: apenas uma em cada dez pessoas sabem da condição.
Pré-diabetes e diabetes: muitos tem e não sabem
As informações reportadas são referentes à população norte-americana, mas a proporção é semelhante à brasileira. Nos Estados Unidos, 30,3 milhões de pessoas são diabéticas (9,9% da população), e desse total, 7,2 milhões delas não têm o diagnóstico.
No Brasil, a OMS estima que sejam 16 milhões de diabéticos (8,1% da população adulta brasileira), embora não haja precisão sobre os casos sem diagnóstico. De acordo com a entidade, o número de pessoas com a doença no país saltou 61,8% nos últimos dez anos.
No caso da população pré-diabética, ainda menos gente está ciente de seu quadro. A pesquisa afirma que há, além dos 30 milhões de diabéticos, mais 84 milhões de norte-americanos que sofrem de pré-diabetes, mas que somente 11,6% deles sabem.
O relatório lista alguns sinais de alerta que podem ser sintomas de pré ou de diabetes: sede excessiva, excesso de suor, boca seca e fadiga extrema. A recomendação é que caso esses sinais sejam recorrentes, deve-se procurar um médico.
Grupos de risco
A pesquisa do instituto norte-americano elencou também os grupos de risco para a presença de diabetes:
Fumantes: 15,9% dos diabéticos nos EUA são fumantes e pelo menos 34,5% deles já fumaram pelo menos 100 cigarros ao longo da vida.
Sobrepeso e obesidade: 87,5% dos diabéticos adultos têm sobrepeso ou obesidade (para tal classificação, a pesquisa considerou o índice de massa corpórea acima de 25 kg/m2), sendo que deste montante 26,1% estão apenas acima do peso (IMC entre 25 e 30), 43,5% são obesos (IMC entre 30 e 40) e 17,8% têm obesidade severa (IMC acima de 40).
Sedentarismo: de acordo com a pesquisa, 40,8% são considerados sedentários, ou seja, fazem menos de 10 minutos de atividade física por semana.
Pressão alta: 73,6% de quem têm diabetes apresentam pressão sanguínea acima de 140 mmHg por 90 mmHg (14/9) ou tomam remédios para controle.
Colesterol: da população diabética, em 58,2% dos casos era preciso administração de remédios para controle de gordura no sangue, quando não havia doença cardiovascular. Nos casos de quem tem esta condição, o índice subia para 66,9%.
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