Ela se limpa sozinha e tem até rugas: 8 fatos incríveis sobre a anatomia da vagina

Ela estica, retrai, produz muco e ainda dilata de forma inacreditável. Já pensou em como o canal vaginal é incrível? Além das características mais conhecidas, há outras igualmente surpreendentes que podem revelar muito sobre a saúde e o corpo feminino.

A seguir, entenda a composição da vagina:

Vagina x vulva: qual é a diferença?

Pode parecer estranho, mas vagina e vulva são áreas diferentes. A vulva se refere à parte externa da genitália feminina e é composta por grandes e pequenos lábios, clitóris, entrada da uretra e entrada do canal vaginal. 

Já o termo “vagina” se refere ao canal que liga a vulva ao colo do útero. É ele que recebe o pênis no ato sexual e permite a saída do bebê no parto normal.

Anatomia da vagina: 8 características importantes

Tem rugas

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Segundo a ginecologista Bárbara Murayama, do Hospital 9 de Julho, o tecido que reveste o canal é repleto de pregas que se alongam quando há dilatação em seu diâmetro e/ou comprimento.

Para entender, basta imaginar um tecido enrugado: se relaxado, ele é franzido e repleto de rugas, que somem quando é esticado.

O estiramento ocorre no parto normal para permitir a passagem do bebê. Já no sexo, a vagina se alarga para abrigar o pênis, podendo receber qualquer diâmetro e sendo limitada somente quanto ao comprimento.

É cheio de glândulas

O tubo vaginal agrega glândulas de tamanho pequeno que, quando estimuladas pelos hormônios femininos ou pela excitação, liberam secreção que umedece e lubrifica a mucosa.

Tem bactérias próprias

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Pode parecer assustador, mas a saúde da vagina depende de bactérias e outro micro-organismos. Quando estão em equilíbrio, esses corpos se livram da sujeira e ajudam a eliminar os agentes patológicos, que geram doenças.

pH ácido

O pH varia de acordo com a fase do ciclo: a acidez é maior antes da menstruação e, após ela, o ambiente fica alcalino.

Esse equilíbrio é importante porque permite que micro-organismos benéficos habitem a vagina e combatam os maléficos.

Contudo, queda de imunidade, excesso de lavagem e outros quadros prejudicam a função.

Ponto G

A comunidade médica ainda não tem um consenso acerca da existência ou inexistência do ponto G.

“Tem gente que fala que ele está localizado no fundo da vagina, mas não se sabe. No entanto, cada mulher pode sentir mais prazer de uma determinada maneira ou em uma área específica, então vale treinar e observar”, afirma a ginecologista.

Circulação sanguínea

A genitália é naturalmente irrigada por sangue, mas o fluxo aumenta em momentos de excitação, o que é possível notar por avermelhamento, sensibilidade e até mesmo inchaço que afetam a vulva e a vagina.

Autolimpeza


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O canal vaginal nunca deve ser lavado, exceto sob recomendação expressa de um ginecologista.

As razões são simples: ele já possui mecanismos de limpeza própria e a higienização excessiva alterar o pH e favorecer o desenvolvimento de doenças.

Portanto, a única parte íntima feminina que pode ser lavada é a vulva, que compreende toda a região externa do órgão.

Vagina pode ser um indicativo do estado de saúde

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A aparência e as secreções liberadas pela vagina indicam se tudo está correndo bem com a saúde.

Para entender tal ponto, é importante saber que toda mulher produz secreções vaginais, especialmente na fase reprodutiva, sem que isso cause algum mal. Entretanto, o muco naturalmente liberado não apresenta cheiro forte, não coça e tem aspecto claro ou transparente.

“Se houver aumento de secreção, coceira, dor no sexo, odor, cólica intensa, vermelhidão, ardência ou muco com cor fora do padrão (amarela ou verde, por exemplo), está na hora de buscar um médico, pois pode haver alguma infecção íntima”, destaca a médica Bárbara Murayama.

Curiosidades sobre a vagina