A síndrome do ovário policístico atinge de 5% a 10% das mulheres em idade fértil, ou seja, dos 15 aos 45 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Seus sintomas são bastante característicos, sendo um deles a dificuldade de engravidar, que se deve à alteração da ovulação natural. No entanto, o quadro pode ser resolvido com o acompanhamento de um especialista.
Segundo a ginecologista e obstetra Patrícia Bretz ao VIX, o uso de tratamento medicamentoso de indução de ovulação garante bons resultados em pacientes com ovário policístico. Com ele de 50% a 80% das mulheres apresentam ovulação, sendo que de 40% a 50% chegam a engravidar. Para aquelas que tiveram a estimulação ovariana exagerada, a especialista sugere a fertilização in vitro.
Apesar do número apresentado pela OMS sobre a síndrome, cerca de 20% das mulheres chegam a apresentar os cistos no ovário em exame de ultrassom. Por isso, é importante estar atento a outros exames antes de ser realizado o diagnóstico. Sendo assim, o quadro de ovário policístico só pode ser considerado quando há aumento dos hormônios masculinos no corpo da mulher e a paciente apresenta período menstrual irregular.
De acordo com a JCEM, em pesquisa apresentada em dezembro de 2016, o diagnóstico da doença ainda carece de melhoras. Em entrevista com 1385 pacientes de países da América do Norte e Europa, 33% das mulheres demoraram mais de 2 anos para receberam o diagnóstico e 47% delas precisaram passar por 3 ou mais profissionais antes da confirmação da síndrome.
Além disso, 15% das participantes se apresentaram satisfeitas com as informações recebidas no momento do diagnóstico. Por isso, a doença é considerada subdiagnosticada apesar de ser endocrinopatia mais comum nas mulheres em idade reprodutiva.
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