Em meio ao crescente número de casos de varíola dos macacos (inclusive no Brasil, que já tem mais de um paciente com este diagnóstico confirmado), diversas dúvidas vêm surgindo quanto à prevenção dela. Embora muitos acreditem que a doença seria transmitida como a Covid-19 e, por isso, poderia ser bastante evitada com o uso coletivo de máscaras, há diferenças – e, recentemente, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) publicou esclarecimentos sobre isso.
Máscara contra varíola dos macacos: quando é necessário usar
Ao longo da pandemia de Covid-19, foi identificado por autoridades de saúde que o SARS-CoV-2 é muito transmissível através de aerossóis, ou seja, partículas minúsculas de secreção respiratória que ficam suspensas no ar por muito tempo e, quando contaminadas e inaladas, infectam outras pessoas. Por isso, o uso de máscaras se tornou necessário – mas, segundo o CDC, a varíola dos macacos, que tem gerado muitas dúvidas pelo mundo, não é transmitida da mesma forma.
Conforme explicou o órgão – que é a principal autoridade em saúde dos Estados Unidos – em uma nota recentemente, a varíola dos macacos não é transmitida por aerossóis. Isso significa, por exemplo, que não se pega a doença em conversas breves ou em ambientes como mercados, aviões, ônibus, entre outros, ao contrário do que ocorre com a Covid-19 e outras viroses de contágio respiratório.
Embora alguns tipos de transmissão (como pelo sêmen ou secreções vaginais) ainda estejam sendo estudadas, a varíola dos macacos é, em geral, transmitida por contatos extremamente próximos com secreções contaminadas, como através de beijos e no sexo, por exemplo, ou pelo contato direto entre a boca e as feridas cutâneas causadas pela doença. Além disso, dividir cama e objetos pessoais como toalhas com alguém que esteja com a doença também pode gerar contágio.
Quanto às máscaras, o CDC aponta que, neste cenário, se faz mais necessário usá-las em contextos específicos, como em situações nas quais é preciso estar em contato próximo com alguém diagnosticado com a doença. Isso porque médicos, enfermeiros e pessoas que estão cuidando destes pacientes (seja no hospital ou em casa), estão bastante suscetíveis a entrar em contato direto com secreções respiratórias.