O low pressure fitness (LPF) é um método de respiração bastante conhecido por proporcionar um abdômen enxuto e rígido a quem o pratica.
Além da vantagem estética, essa técnica, que já ajudou famosas a trabalharem a barriga, oferece também benefícios de diferentes tipos para a saúde. A seguir, saiba tudo sobre ela:
Low pressure fitness: o que é?
Low pressure fitness (LPF) é nome oficial para técnica de respiração também conhecida como aula da barriga negativa.
Em cada aula de LPF, o aluno é guiado por um fisioterapeuta ou um profissional de educação física e realiza atividades posturais baseadas na RPG, tanto de forma estática quanto com movimentos.
Combinados a elas são feitos exercícios de respiração que visam criar um vácuo abdominal. É a chamada aspiração visceral.
“Eu inspiro, solto o ar, faço uma apneia expiratória e lentamente penso em abrir minhas costelas. De forma automática, ativo os músculos do períneo, os transversais e oblíquos abdominais”, descreve Carol Lemes, embaixadora do LPF no Brasil.
Efeitos do low pressure fitness
O resultado da técnica de respiração é a reconfiguração da posição de órgãos mal alojados dentro do corpo e, principalmente, a melhor ativação de músculos perineais e abdominais.
Os efeitos da realocação dos órgão e ativação muscular podem ser observados de diferentes maneiras:
Redução de barriga
O LPF contribui para a diminuição do volume da barriga. Entretanto, vale lembrar que a redução de medidas – que pode chegar a 12 cm, segundo a embaixadora do LPF – não está relacionada à perda de gordura corporal.
“Estamos reposicionando os órgãos internos com a técnica de respiração. O método normaliza, especialmente, a pressão interna do corpo, melhora postura e ativação dos músculos profundos. Ele não emagrece – é um complemento a outras técnicas”, conta a personal.
Melhorias na postura
O reposicionamento e principalmente o fortalecimento dos músculos do core contribuem para que pessoas que praticam essa técnica de respiração tenham melhorias em suas posturas.
Hérnia de disco
Outro ponto positivo que o LPF gera ao corpo diz respeito ao tratamento de hérnia de disco. “A aspiração visceral coloca o diafragma para cima, movimento que ajuda no aumento do espaço das vértebras e ameniza o risco da compressão do disco invertebral”, explica Carol.
Incontinência urinária
Pessoas com incontinência urinária costumam librar gotinhas de urina durante diferentes atividades cotidianas por não terem os músculos do períneo funcionando como deveriam. O LPF, por trabalhar exatamente no fortalecimento dessa região, contribui para que o escape do xixi deixe de acontecer.
“Se você tosse, corre, pula corda e os músculos internos estão funcionado corretamente, o períneo contrai e empurra os órgãos para cima. Se eles não trabalham da forma correta, a repetição sistemática do método e regular o LPF é um treinamento para o método”, ensina Carol.
Constipação gastrointestinal
O movimento do diafragma a partir da técnica de respiração faz pressão no intestino, o que estimula o processo de digestão de alimentos. “Estimula o movimento peristáltico, através da respiração do vácuo.”
Recuperação pós-parto
O LPF é um dos procedimentos bastante procurados por mulheres no processo de recuperação do pós-parto. “A mulher grávida joga o abdômen lá para frente e isso aumenta a pressão da região. O método acelera a ativação dos músculos abdominais e perineais que sofreram o aumento de pressão durante a gestação. A técnica também realoca esses músculos e ajuda na recuperação de mulheres que sofreram a diástase na gravidez”, afirma a personal trainer e porta-voz do LPF.
Orgasmos
A melhoria na qualidade do orgasmo proporcionada pelo LPF está relacionada ao equilíbrio no tônus muscular da região perineal da mulher – que pode apresentar músculos contraídos ou relaxados demais, o que gera desconforto nas relações sexuais.
Quem pode fazer?
A princípio, a única restrição que existe para a prática do LPF refere-se a pessoas com algum tipo de câncer. “Trabalha-se com com aumento do metabolismo celular no método. Com esse paciente, envolve células doentes”, alerta Carol.
Para hipertensos, pessoas com doenças respiratórias obstrutivas e gestantes, a atividade não é proibida, mas pede um protocolo e cuidados específicos.
Ritmo de treino
O ideal é que o LPF seja praticado duas vezes por semana, em aulas que duram, em média, de 40 a 50 minutos. “Também pode-se realizar exercícios de dois a três minutos em casa”, diz Carol.
A personal também avisa que, como qualquer treino, a recorrência da atividade é essencial para que seus benefícios sejam observados. “Não adianta fazer 9 aulas e depois parar. Tem que fazer e treinar o resto da vida.”
Também é valido lembrar que somente profissionais de fisioterapia ou de educação físicas e que apresentam o certificado do método estão aptos a oferecer o treino de LFP.
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