Após passar mal durante as gravações da próxima novela das 21h da Globo, “A Dona do Pedaço”, a atriz Fernanda Montenegro foi internada no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, e apresenta um estado de saúde estável. De acordo com o boletim médico, porém, o problema que a levou a isso é algo comum: desidratação.
Apesar de parecer algo inofensivo e de o hábito de beber água ser frequentemente negligenciado por muitos, a desidratação pode, sim, ser perigosa em alguns casos, levando a sintomas desagradáveis e problemas que podem precisar de tratamento hospitalar de emergência.
Desidratação: o que é e como se manifesta

A desidratação ocorre quando a ingestão de líquidos não é suficiente para suprir a perda de fluidos que o corpo sofre ao longo do dia e que acaba eliminando junto sais minerais que são essenciais para o funcionamento dele. Quando não há água o bastante no organismo, diversas funções dele ficam desreguladas, gerando sintomas como sede, fadiga e dores de cabeça.
Quando não existe o hábito de beber a quantidade necessária de água por dia (estimada em dois litros), o corpo pode apresentar sintomas como ressecamento da pele, prisão de ventre e diminuição no volume de urina. Mas há problemas ainda mais sérios que a desidratação pode causar.

Quando a desidratação pode levar ao hospital?
Conforme o organismo perde água sem que haja uma reposição adequada, o volume de sangue no corpo diminui, e isso faz com que a pressão arterial caia. Além de causar desmaios, a queda de pressão também pode gerar complicações maiores para quem tem predisposição ou histórico de problemas cardiovasculares.
Outro aspecto da desidratação que pode afetar o coração é o fato de que, quando o volume de sangue cai, há uma maior concentração de substâncias como sódio potássio e cálcio. Quando as quantidades destas substâncias estão desreguladas, o corpo pode apresentar sintomas como arritmia cardíaca, que também deve ser acompanhado de perto por médicos.

Além disso, quando o corpo não tem água suficiente, a produção de suor também fica desregulada, e isso faz com que o organismo tenha dificuldades em manter a temperatura corporal normal. Conforme ela sobe pela desidratação, o paciente pode apresentar sintomas como náuseas, tonturas e até um coma caso ela não seja devidamente regulada.
Se o corpo não tem água suficiente, o volume de urina produzido pelo organismo também diminui, e isso pode deixar toxinas normalmente presentes nesse fluido mais concentradas. Quando isso acontece, é possível que o paciente tenha uma infecção urinária – condição que, se não tratada corretamente, pode ser fatal.
