O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma das maiores causas de óbitos no Brasil e, dentre os pacientes que não morrem, 70% sofrem com sequelas. A condição é caracterizada pela obstrução total ou rompimento dos vasos sanguíneos do sistema nervoso.
AVC isquêmico: o que é
O AVC isquêmico, também conhecido por derrame ou isquemia cerebral, é o tipo mais comum e representa 85% de todos os casos. Ocorre quando há uma obstrução arterial que impede a chegada de sangue e oxigênio a diferentes áreas do cérebro, causando a morte dos neurônios e deixando sequelas.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, o AVC isquêmico se divide em quatro subgrupos, com causas distintas.
AVC hemorrágico
Diferente do isquêmico, O AVC hemorrágico, outro tipo, é principalmente causado por pressão alta e distúrbios que fragilizam as artérias cerebrais e do encéfalo. Este tipo de Acidente Vascular Cerebral é caracterizado pela hemorragia resultante da ruptura de um vaso no cérebro.
Sintomas
Segundo informações do Hospital Israelita Albert Einstein, os principais sintomas de AVC isquêmico podem acontecer de forma súbita e ser únicos ou combinados. Os sinais são:
- Fraqueza ou adormecimento em um lado do corpo
- Dificuldade para falar
- Dificuldade para engolir, andar e enxergar
- Tontura
- Perda da força da musculatura do rosto
- Boca torta
- Dor de cabeça intensa
- Perda da coordenação motora
Diagnóstico
O exame de tomografia é o mais utilizado para diagnosticar um AVC pela rapidez, disponibilidade e falta de contraindicações, mas o paciente poderá também passar por uma ressonância magnética.
O tempo recomendado para o diagnóstico do paciente com AVC, da entrada no setor de emergência até a confirmação por exame de imagem deve ser, no máximo, de 45 minutos. Devem ser feitos também exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, entre outros, para identificar a causa da isquemia.
É grave?
O AVC esquemático é uma condição grave e, quando não mata, deixa sequelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes. As mais frequentes são paralisias em partes do corpo e problemas de visão, memória e fala.
A falta do sangue pode levar à morte neuronal em poucas horas. Por isso, o reconhecimento dos sintomas e encaminhamento imediato ao hospital são fundamentais para preservar a vida do paciente.
Tratamento
O tratamento inicial do AVC consiste na desobstrução das artérias por meio de medicamento trombolítico, que dissolve o coágulo e normaliza o fluxo sanguíneo no cérebro. O procedimento deve ser realizado em até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas para aumentar as chances de recuperação e minimizar os riscos de sequelas e morte.
O paciente ainda deverá receber cuidados de uma equipe multiprofissional formada por médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos e psicólogos na continuidade do tratamento.
Sequelas
De acordo com o neurologista Rubens Gagliardi, diretor científico da Academia Brasileira de Neurologia, independentemente de ser isquêmico ou hemorrágico, o AVC pode deixar danos motores, neurológicos ou cognitivos. Algumas das sequelas, que podem variar de acordo com a parte do cérebro que foi atingida, são:
- Paralisia de um ou outro lado do corpo
- Falta de equilíbrio
- Tonturas intensas
- Espasmos e falta de sensibilidade de alguma parte do corpo
- Dificuldade de engolir
- Distúrbios do comportamento
- Distúrbios de consciência
- Comprometimento da visão
- Comprometimento na fala
- Limitação na concentração, raciocínio e memória
- Problemas de respiração
- Sudorese
- Incontinência urinária e fecal
AVC: causas, sintomas e tratamentos
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